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Festa das IgrejasI. São Francisco da Bahia
II. Rosário de Ouro Preto - Minas
III. O Outeirinho da Glória - Rio de Janeiro
IV. Nossa Senhora da Aparecida - Aparecida
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Maracatú de Chico-ReiBailado Afro-Brasileiro em 10 movimentos
I. Bailado
II. Chegada do Maracatú
III. Dança das Mucambas
IV. O Príncipe Dança
V. Dança dos 3 Macotas
VI. Dança de Chico - Rei e da Rainha N'Ginga
VII. Dança do Príncipe Samba
VIII. Dança dos 6 Escravos
IX. Dança dos Príncipes Brancos: Minuetto - Gavota
X. Dança FinalOrquestra Sinfônica de Minas Gerais
Coral Lírico da Fundação Clóvis SalgadoDavid Machado, regente
Coleção Alcoa de Música Erudita Brasileira
DOWNLOADMaracatú de Chico - Rei
A História do Brasil registra o caso de uma tribo africana aprisionada em sua terra e mandada num navio negreiro pro Brasil. Aqui, os componentes da tribo foram vendidos como escravos em Minas. Mas o rei da tribo, que recebera aqui o nome de Chico, conseguiu com o seu trabalho, alforiar-se. Continuou trabalhando e alforiou a sua mulher e juntos, continuaram libertando todos os membros restantes da tribo. Foram esses libertos, a tribo de Chico-Rei, que formaram em Ouro Preto, a confraria do Rosário, com seu trabalho e sem dinheiro. Nos dias de festas, festas sempre misturadíssimas de catolicismo e feiticismo africano, os negros vinham em cortejo, dansando (Maracatú se chama no Nordeste, a esses cortejos coreográficos) até a igreja. Na frente desta havia uma pia, aí deixando o ouro que servia para as despesas da construção. O bailado, baseado nessa tradição histórica, apenas modifica esse final da tradição, fazendo o ouro deixado nesse dia, servir para alforiar os seis membros da tribo, que ainda aparecem como escravos. Isso, permite ainda o aparecimento de dois personagens brancos (com o seu seguito) o que trará mais diversidade e permite o emprego episódico e descansante de música de caracter europeu.
Mário Morais de Andrade