No meu primeiro contato com a música de Armando Albuquerque, através das gravações do cd "A Música de Porto Alegre - Erudito I", lá pelos 13 anos, minha reação imediata foi de repulsa. Especialmente àquela criança, soava algo bárbaro. Eram peças, em sua grande maioria, compostas naquilo que Celso Loureiro Chaves chama "estilo trepidante", todas muito curtas e notadamente agressivas. Todavia, sempre voltei a escutá-las e com o tempo já me atraíam, mas de modo peculiar, queria entendê-las, mas não fazia ideia de como. Recentemente, tive acesso a esse CD gravado pelo Celso, em que há uma amostra muito mais representativa da música de Armando. Ao escutá-lo, o que era repulsa acabou se transformando em fascínio. O lá insistente que abre a Evocação a Augusto Meyer me estremeceu à primeira audição. Atentem à incrível força expressiva dessa peça. Mas deixemos que fale o aluno, amigo e intérprete de Armando. O encarte incluído no arquivo traz excelentes informações e breves análises de cada uma das peças. Uma ótima audição!
Suite Bárbara Infantil (1944-46)
1 - Vivo
2 - Vagar
3 - Brutal
4 - Lento
5 - Bem ritmado (animado)
6 - Um pouco lento
7 - Pequeno Estudo e Fantasia
8 - Outono (1941)
Uma Idéia de Café
9 - Lento
10 - Semínima = 152
11 - Semínima = 100
Motivação (1945)
12 - Alegreto
13 - Alegreto mais animado
14 - Lento
15 - Também lento
16 - (Estudo) Alegro
17 - Tocata (1948)
Suite (infantil) 1952 (1952)
18 - Simples
19 - Marcha
20 - Valsa
21 - Dança (luta do si bequadro contra o si bemol. Quem vencerá? Veja no fim)
22 - Evocação de Augusto Meyer (1970)
23 - Sonho III (1974)
24 - Peça para Piano 1964 (1964)
Celso Loureiro Chaves, piano
mp3 + encarte/booklet (Português/English)
(Gentilmente cedido pelo Celso)
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