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sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Camará: Música Baiana?



  • Paulo Rios Filho
01 nav tirs nekadus hibridus n. 2

  • Jean Menezes
02 O Conforto (apesar do tombo)

  • Paulo Costa Lima
03 Ibejis Nº 2

  • Alexandre Espinheira
04 Oxowusí

  • Vinícius Amaro
05 Gigitanas N. 0,5 ou 1/2 (Frenesia)

  • Wellington Gomes
06 Modos Imagísticos

Camará – Conjunto de Câmara da UFBA:
Flávio Hamaoka, flauta
Gueber Santos, clarinete
Davysson Lima, saxofone alto e tenor
Vitor Rios, banjo e bandolim
Gilson Santana, violão
Humberto Monteiro, percussão
Samuel Dias, violino
Adalberto Vital Neto, violino
Suzana Kato, violoncelo
Fernanda Monteiro, violoncelo
Paulo Rios Filho, direção artística e regência



1. Paulo Rios Filho | nav tirs nekadus hibridus n. 2 (2011): “Nem puro, nem híbrido”. Esse é o significado do título da música, em letão. Trata-se da imaginação de um anti-mundo, onde as coisas não são coisas, e da percepção de uma viagem ou trajetória travada pelos, ao mesmo tempo, nativos e criadores desse mundo. De um lado, uma entidade musical familiar (uma escala dórica) segue um caminho de autotransformação, numa viagem alucinante em direção à sua própria figura deformada – quando deixa de parecer familiar. Do outro, uma entidade musical da natureza (a série harmônica) se artificializa à medida que se aproxima de um ponto no futuro (e vira uma escala de tons inteiros). Ambas as personagens viajam no mesmo sentido, o da transformação, e os seus percursos se misturam, se entrelaçam, se esfregam e friccionam; se acariciam. Ouça, pois esse outro mundo somente pode ser ouvido. As imagens ficam por conta de cada um.

2. Jean Menezes | O Conforto (apesar do tombo) (2011): Apesar dos momentos de tensão instrumental específicos e bem pontuados, esta peça procura criar texturas e evoluções harmônicas a partir de materiais bem simples e elementos métricos facilmente identificáveis (às vezes nem tanto assim, como é de se esperar). A familiaridade auditiva criada em momentos prolongados é diretamente proporcional à proximidade do passo em falso.

Vale a pena disfarçar o esforço concentrado em breves momentos para manter a consistência? Ou devemos chamar a atenção para o choque e ceder à gravidade? A zona de conforto mora mais perto de qual extremo?

3. Paulo Costa Lima | Ibejis Nº 2 (2011): a peça vai batizada pelo signo dos gêmeos africanos,
e assim como a peça de mesmo nome, escrita 50 obras atrás, realiza um exercício de complementaridade - texturas que vão sendo montadas a dois, jogos rítmicos, brincadeiras e desafios entre parceiros de caminhada...

4. Alexandre Espinheira | Oxowusí (2011): A peça Oxowusí é mais uma da série escrita por Espinheira que explora os ritmos populares da Bahia como forma de gerar material pré-compositivo para a obra. Nela um ritmo tocado para Oxóssi em algumas nações de candomblé dá origem aos conjuntos de classes de notas que controlam além das alturas da peça, uma série de outras decisões. Subliminarmente, um cântico do mesmo orixá regula o esquema de transposições, além de permear toda a obra. Essa peça foi oportunamente escrita como parte da tese A Teoria Pós-tonal Aplicada à Composição Musical: Um guia de sugestões compositivas. Em Oxowusí são exemplificados diversos procedimentos abordados pelo autor em seu trabalho de doutoramento a ser defendido em breve.

5. Vinícius Amaro | Gigitanas N. 0,5 ou ½ (Frenesia) (2011): Composta a partir de um pedido feito pelo bandolinista Vitor Rios e concebida como uma espécie de estudo, a Gigitanas No. 0,5 ou ½ (Frenesia), para bandolim solo, é costurada, em quase sua totalidade, por um esquema cromático de condução de vozes. Dividida em três pequenas partes com concepções sonoras um tanto distintas, e uma última que recapitula as ideias iniciais, a obra explora sonoridades idiomáticas e outras não tão típicas do instrumento, além de alguns sons produzidos pelo próprio instrumentista que podem ser fundidos na ideia instrumental. Sob uma construção métrica que tende a ser desconstruída em todos os momentos, a peça evoca um estado de ansiedade típico da personalidade de boa parte dos homens urbanos, e brinca com células rítmicas do arrocha baiano e com uma pequena ideia melódica da música "Time And Motion" da banda canadense de rock progressivo Rush.


6. Wellington Gomes | Modos Imagísticos (2011): Modos Imagísticos foi composta com base nos três modos de tranposição limitada (1º modo: tons inteiros; 2º modo: tom e semitom; 3º modo: um tom e dois semitons). Aliados a esses modos, uma sucessão de acordes que vai da tríade perfeita ao cluster, ou vice-versa, cria uma estrutura harmônica que se repete e ou se transforma à medida que a rítmica delineia a gestualização musical. A intenção em geral é criar um imaginário sonoro que se movimente com certa fluência numa pulsação constante.

sábado, 15 de setembro de 2012

Theodoro Nogueira - Seis Brasilianas para violão (por Geraldo Ribeiro)


01 Brasiliana nº1
02 Brasiliana nº2
03 Brasiliana nº3
04 Brasiliana nº4
05 Brasiliana nº5
06 Brasiliana nº6
07 Ponteio
08 Canto Caipira nº5

Geraldo Ribeiro, violão

Chanttecler
1966

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sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Orquestra Sinfônica do TNCS/Madrigal de Brasília - Brasília Ano 35

 
 
  • Tom Jobim/Vinícius de Moraes

01-05 Sinfonia da Alvorada (1960), para coro e orquestra

  • Claudio Santoro

06 Canto de Amor e Paz, para orquestra de cordas

  • Renato Vasconcellos
07 Suíte Brasília (1981), para orquestra

Madrigal de Brasília (faixas 1-5)
Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro
Sérgio Kuhlmann, regente

1995

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terça-feira, 24 de julho de 2012

Guerra-Peixe: Obras para violino piano (Tokeshi; Borgoth)




Sonata n.2, para violino e piano (1978)
01. Allegro Comodo
02. Recitativo
03. Scherzoso

Música, para violino e piano (1944)
04. Largo
05. Allegro

Duas Peças (1947)
06. Andante
07. Allegretto moderato

Miniaturas n. 1  (1947)
Para Henrique Niremberg
08.  Moderato
09. Adagio
10. Allegretto

A Inúbia do Cabocolinho (1956)
Original para orquestra. Transcrição do autor de 1971
11. A Inúbia do Cabocolinho

Três Peças (1957) Para Perez Dworecki
Original para viola e piano. Adaptação do autor de 1967
 12. Allegretto Moderato (Galope)
13. Três Peças - Andantino (Reza-de-defunto)
14. Três Peças - Allegretto (Toque de Jeje)

Variações Opcionais (1977)
Original para violino e acordeão. Transcrição do autor
15. Variações opcionais

Quatro Coisas (1987)
Original para harmônica e piano. Transcrição do autor. 
16. Quatro Coisas - Prelúdio: Solene
17. Quatro Coisas - Movimentação: Allegro comodo
18. Quatro Coisas - Interlúdio: Andante
19. Quatro Coisas - Caboclo de Pena: Allegro Vivace

Sonata n.1 para violino e piano (1951)
Dedicado a Altéia Alimonda e Lydia Alimonda Haller
20. Alegro moderato
21. Andante con moto
22. Allegro

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(mp3 320 + encarte\booklet)

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Nota do autor sobre as Variações Opcionais


1. Esta obra é denominada "Variações opcionais" porque nem todos os trechos são exatamente variações, mas por vezes variedades.
Por outro lado, os intérpretes poderão eliminar as variações que quiserem; ou, ainda, repetirem as que preferirem (Partitura).


2. Obra especialmente composta para a II Bienal de Música Contemporânea, realizada na Sala Cecília Meireles, Rio de Janeiro. Gravação do autor e da acordionista Ed Lemos, em discos culturais da Sala Cecília Meireles. O Instituto Nacional de Música - FUNARTE, recebeu a solicitação para enviar cópias desta obra para a Austrália, Alemanha e Estados Unidos (Relação de obras para violino, 1991).

domingo, 22 de julho de 2012

Nelson Freire interpreta Villa-Lobos



Concerto nº1 para piano e orquestra
I. Allegro
II. Allegro poco scherzando
III. Andante & Cadenza
IV. Allegro non troppo

Nelson Freire, piano
Orchestre de la Suisse Romande
Uri Segal, regente

Gravação realizada em 1987, por ocasião do centenário de nascimento de Villa-Lobos. Essa versão apresenta cortes (e creio que é a única gravação com eles que conheço), conforme indicações feitas na partitura pelo compositor.

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Momoprecoce, fantasia para piano e orquestra
Nelson Freire, piano
Orquestra Sinfônica da Rádio de Berlim
Jiri Belohlavek, regente

Não tenho informações sobre a data desta gravação.

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sábado, 7 de julho de 2012

Guerra-Peixe: Sonatas para Violino e Piano


Sonata Nº 1, para violino e piano (1951), dedicada a Altéia Alimonda e Lydia Alimonda Haller
I. Andante con moto
II. Allegro moderato (Coco)
III. Allegro (Cabocolinhos)

Sonata Nº 2, para violino e piano (1978)
I. Allegro comodo
II. Recitativo
III. Scherzoso

Ludmila Vinecka, violino
Alda de Mattos, piano

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O período transcorrido entre a composição da Sonata nº1, para violino e piano (Recife, 1951) e a Sonata nº2 (Rio, 1978) compreende vinte e sete anos. Enquanto a primeira é muito contrapontada, a segunda assinala maior economia de meios, grande simplicidade e — por que não dizê-lo? — comunicabilidade irrecusável. Estas condições foram conseguidas não só em virtude de uma longa experiência técnica como, também, pela circunstância do autor haver absorvido, mais profundamente, as bases de material folclórico que pesquisou in loco nas suas andanças por Pernambuco, São Paulo, Minas Gerais e outros Estados. Aliás, o compositor, que antes insistia no uso mais ou menos direto de constâncias folclóricas, verificou, a partir dos Cânticos serranos nº2 (1976), para canto e piano, que já deveria começar a superar o folclore, sem, contudo, abrir mão dos seus objetivos nacionalizantes e sem descambar para o cosmopolitismo ainda em voga. Mantém-se, portanto, na mesma posição de outrora, só que numa outra fase. Se nesta Sonata nº2 a forma parece clara e o conteúdo mais liberado, verdade é que inicia como se fosse mozartiana (…), para, gradativamente, manifestar uma expressão que é particular do autor.
            No primeiro movimento, Allegro comodo, ocorre uma exposição bitemática. Mas não há a parte central de ‘desenvolvimento’ de temas, e sim, uma representação (com outro clima) do primeiro tema, ao qual se segue uma coda.
            O segundo movimento, Recitativo, é um solo inteiramente sobre a quarta corda do violino, o executante podendo permanecer numa interpretação bem à vontade, como ocorre nesta gravação. Ao atingir o ponto culminante da melodia, o piano, com efeito do pedal, ataca rapidamente dois acordes que permanecem até o final do movimento, enquanto o violino completa a melodia.
            Uma série de seções caracteriza o Scherzoso, movimento final. Além de elementos do populário nordestino, há um momento em que o piano executa um toque de viola rasqueada à maneira paulista, com ritmo e harmonia típicos de São Paulo; não tanto de forma direta, mas sua essência, e seu ‘sotaque’, como diriam os músicos do povo. Termina a obra uma reprodução do primeiro motivo do movimento inicial, e que dá um caráter cíclico ao trabalho.
            Como foi dito antes, os Cânticos serranos nº2 abriram o caminho para esta fase, que prossegue em Drummondiana (voz e orquestra), Roda de amigos (orquestra de câmara), Prelúdios tropicais (piano), Lúdicas (violão) e Sumidouro (voz e trio tardicional, sobre poesia de Olga Savary).
            A gravação da Sonata nº2 feita por Jerzy Milewski e Aleida Schweitzer nesta gravação está ótima; sem dúvida, ideal.

Guerra-Peixe
Rio 1981

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Marlos Nobre - Selección sonora

 

Quarteto de cordas op.23, nº1
01 I. Variantes
02 II. Interlúdio
03 III. Postlúdio

04 Desafio VII para piano e orquestra de cordas op.31, nº7
Cadenza e Desafio

05 Yanomani para coro misto, tenor e violão, op.47

Sonante I para marimba solo, op.80
06 I. Intrata
07 II. Toccata

Três Canções Negras para soprano e octeto de cellos, op.88
08 I. Maracatu
09 II. Cantilena
10 III. Candomblé

11 Tango para piano, op.61
12 Frevo para piano, op.43

13 Passacaglia para orquestra, op.84

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