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domingo, 26 de outubro de 2008

Harry Crowl - Concerto para violino, 12 instrumentistas e soprano


01 Concerto para violino, 12 instrumentistas e soprano (1988)

I. Introdução com cadência
II. Ária (In Memoriam Carlos Drummond de Andrade) Solo soprano
III. Antífonas
V. Cadências II
VI. Conclusão


02 Memento Mori (1987), oratório para vozes solistas e conjunto de câmara, sobre texto de Affonso Ávilla

I. Introdução: conjunto instrumental
II. Recitativo a 3: Soprano. Barítono, Narradora, Percussão e Violoncelo
III. Ária a 5: Quinteto de Flautas doce, Cravo e Percussão Recitativo: Soprano, Viola e Violão.
IV. Ária a duo: Soprano, Barítono, Violoncelos I e II, Glöckenspiel e Órgão (Attacca)
V. Recitativo: Narradora e formação da Ária a duo.
VI. A due cori: Soprano e conjunto instrumental
VII. Postludium: Órgão solo e conjunto instrumental

Hariton Nathanailidis, violino (faixa 1)
Lucila Tragtenberg, soprano
Camerata Philharmonia
Sérgio Dias, regente

DOWNLOAD (link atualizado em 12/3/2012)


(...)
Wellington Bujokas - E nesse tempo que passou em Ouro Preto, quais seriam as obras mais significativas no desenvolvimento dessa linguagem? Como foi o caminho que se foi abrindo após a Aluminium sonata?

Harry Crowl - Memento Mori (1987), Concerto para violino, 12 instrumentistas e soprano (1988), Finismundo (1991), Sinfonia nº1 (1990-91), Canticae et Diverbia, Jeremia Propheta: Uma Epígrafe (1992), Na perfurada luz, em plano austero (1992-93), Umbrae et Lumen (1993). (1989),

Memento Mori, um oratório para solistas e conjunto instrumental, é uma composição muito significativa para mim. Foi baseada no texto Barrocolagens, de Affonso Ávila. Em janeiro de 1987, estava em São Paulo para o 1º. Congresso Brasileiro de Musicologia Histórica, para apresentar um trabalho sobre a Missa e Credo para coro e órgão, de 1826, de Jerônimo de Souza Queiroz (17?-18?), que eu tinha restaurado a partir dos manuscritos existentes na Coleção Curt Lange, em Ouro Preto. Não conseguia parar de pensar nas características muito peculiares da música feita em Minas nos século XVIII e XIX e em como poderia transpor isso de alguma maneira para um universo contemporâneo sem parecer uma tentativa de recriação do passado, como alguns compositores neoclássicos já tinham feito, inclusive Stravinsky. Ao conversar com o colega, hoje regente e musicólogo, Sérgio Dias, que na época dirigia um grupo de música antiga voltado para a interpretação de obras basicamente medievais, renascentistas e barrocas da primeira fase, em Niterói, ele me sugeriu que escrevesse uma obra para o seu grupo, o Philharmonia Antiqua. Quando ele me descreveu a instrumentação e falou da possibilidade do uso de cantores, fiquei transtornado coma idéia. Um dia, já de volta a Ouro Preto, folheando algumas Revistas "Barroco", me deparei com o texto Barrocolagens, de Affonso Ávila, que me pareceu perfeito para uma obra atemporal de inspiração barroca. O texto já uma colagem de vários poetas portugueses, brasileiros e espanhóis dos séc. XVII e XVIII. No poema, o autor procura fazer uma leitura atemporal de Salvador. No caso da minha obra, procurei fazer uma leitura lúdica do cotidiano colonial sem especificar exatamente o lugar. O aspecto da teatralidade, associado à religiosidade sincrética, é ainda bem peculiar do interior do Brasil e esses são os elementos mais evidentes na peça. É uma mistura de ópera, pelo aspecto um tanto dramático, com oratório e cantata. Há uma adaptação bem livre da idéia de alternância entre recitativo e ária presente em obras do séc. XVIII e, na época, estava às voltas com reconstituição da Oratório ao Menino Deus para a Noite de Natal, de Ignácio Parreiras Neves (173?-179?).

Outras obras importantes obras suas que se seguiram a Memento Mori também se utilizavam canto, como o Concerto para violino, 12 instrumentistas e soprano, de 1988, e Finismundo, de 1991-92, sobre a obra homônima do Haroldo de Campos. Enquanto em Finismundo a teatralidade e um aspecto lúdico têm grande importância, o concerto, apesar de ter uma certa leveza, já é obra mais dramática, inclusive na homenagem a Drummond. A decisão de escrevê-las está ligada aos resultados de Memento Mori?

O Concerto para violino, 12 instrumentistas e soprano, de 1988, foi uma conseqüência direta do Memento Mori. Fiquei muito satisfeito com o resultado sonoro da obra anterior e queria explorar a idéia de um concerto para violino acompanhado por um conjunto de música antiga. Nunca tinha ouvido falar em nada parecido. O concerto segue uma estrutura semelhante à de uma suíte. Há a participação da voz de soprano que canta em vocalise, na maior parte do tempo, com exceção do momento em que se torna solista juntamente com o violino. Nesse momento, o pequeno poema Memória, de Carlos Drummond de Andrade é introduzido como uma homenagem ao poeta, que falecera naqueles dias em que trabalhava na composição da obra, em 1988. Quando estive na Europa pela primeira vez, em 1993, no festival de Dartington, Inglaterra, mostrei o concerto para vários colegas compositores de diferentes países e eles ficaram perplexos com a obra. O compositor dinamarquês Mogens Christensen, que trabalhava em Bergen, na Noruega, na época, chegou a levar o concerto para lá e posteriormente, me pediu todo o material para que o violinista espanhol Ricardo Odriozola pudesse executa-lo. O projeto só não aconteceu por que não conseguiram juntar todos os instrumentistas lá na Noruega, na época. A esposa do compositor, Helle Kristensen, é uma excelente intérprete de flauta doce, especializada em repertório contemporâneo e ficou fascinada com o uso do conjunto de flautas no concerto. Em 1994, escrevi para ela a obra Revoada, que foi gravada no CD dinamarquês "Birds of the Night". Muito tempo depois, ouvi o Concerto para violino e orquestra, de György Ligeti, escrito entre 1990 e 92. Nesse concerto, há o uso de ocarinas e flautas-doce, tocadas pelas madeiras da orquestra, no segundo movimento. Achei curioso o fato de alguns críticos dizerem que era uma coisa única e inédita. Em 2004, assisti a uma apresentação desse concerto ao vivo, em Berna, na Suíça, durante o World Music Days, onde estava como delegado brasileiro, e no programa diziam a mesma coisa. Não quero fazer comparações, pois no caso de Ligeti, ele queria estas sonoridades específicas, pois estava trabalhando com sistemas distintos de afinação. No meu caso, simplesmente tirei proveito do conjunto que tinha à minha disposição.

(...)

Para ler a entrevista na íntegra, clique aqui.

domingo, 19 de outubro de 2008

Gilberto Mendes - Chamber Music (The Spectra Ensemble, Rathé)


1. Qualquer Música (1980), para conjunto de câmara

2. Saudades do Parque Balneário Hotel (1980), para sax-alto e piano

3. Claro Clarone (1988), para clarone

4. Ulysses em Copacabana surfando com James Joyce e Dorothy Lamour (1988), para conjunto de câmara

5. Um Estudo? Eisler e Webern Caminham nos Mares do Sul... (1989), para piano

6. Longhorn Trio (1983), para trompete, trombone e piano

7. Motetos à Feição de Lobo de Mesquita (1975), para voz, oboé, violoncelo e cravo

8. The Sentimental Gentleman of Swing Revisited (1994), para conjunto de câmara

The Spectra Ensemble
Filip Rathé, regente

Voxtemporis Productions
1996

DOWNLOAD:
Parte 1
Parte 2

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

BAMBAMBULÊLÊ: Coro Infantil do Rio de Janeiro


Obras para Coro Infantil de José Viera Brandão, Ricardo Tacuchian, Mario Ficarelli, David Korenchendler, Denise Mendonça, Marcos Leite, Oscar Torales, Edino Krieger, Ernani Aguiar, Ronaldo Miranda, Osvaldo Lacerda, José Siqueira, H. Villa-Lobos.
Arranjos de Elza Lakschevitz e César Guerra-Peixe.

Elza Lakschevitz, regência

DOWNLOAD (link atualizado em 8/4/2015)

Este post é uma contribuição da Prof.ª Dr.ª Magali Kleber, Universidade Estadual de Londrina.

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Villa-Lobos - Yerma

YERMA (1955-1956)
ópera em três atos

Libreto baseado na obra de Federico García Lorca

Local: Sul da Espanha, próximo de Granada

Personagens por ordem de entrada:

Yerma: Aurea Gomes (soprano)
Juan: Benito Maresca (tenor)
Maria: Ruth Staerke (soprano)
Victor: Carmo Barbosa (barítono)
1ª velha: Diva Peranti (soprano)
2ª velha: Angela Barros (mezzo-soprano)
3ª velha: Conceição Gonçalves (mezzo-soprano)
4ª velha: Antonieta Panfili (soprano)
5ª velha: Silea Stopatto (mezzo-soprano)
6ª velha: Raquel Calazans (mezzo-soprano)
2ª moça: Iara Abreu (mezzo-soprano)
1ª moça: Lahia Rachid (soprano)
1ª cunhada: Ivanesca Duarte (soprano)
2ª cunhada: Geisa Vidal (mezzo-soprano)
1ª mulher: Celia Coutinho (soprano)
2ª mulher: Angela Barros (mezzo-soprano)
Fêmea: Creusa Kost (mezzo-soprano)
1º homem: Zacharia Marques (tenor)
2º homem: Ataíde Beck (barítono)
Macho: Renato Roné (barítono)

Direção: Adolfo Celi
Cenários: Marcos Flaksman
Figurinos: Kalma Mutinho
Coreografia: Dennis Gray

Orquestra Sinfônica, Coro, Coro Infantil e ballet do Teatro Municipal do Rio de Janeiro

Regência: Mario Tavares

1ª apresentação brasileira realizada no Teatro Municipal do Rio de Janeiro, em 1983

DOWNLOAD:
Ato 1
Ato 2
Ato 3

Obs.: a gravação aqui postada foi retira de fita de rolo, e sua qualidade não é, obviamente, a ideal. Ainda assim é uma chance de conhecer a ópera do Villa.

domingo, 5 de outubro de 2008

Cia Bachiana Brasileira - Brasil a quatro vozes


Quadro 1 - Música Indígena

Sérgio Vasconcellos-Corrêa
01. Moacaretá

Odemar Brígido
02 Canto de Inhuma

César Guerra-Peixe
Série Xavante
03 I. Ritual da perfuração da orelha
04 II. Canto das moças
05 III. Canto dos rapazes
06 IV. Corrida do buriti


Quadro 2 - Música Sacra

Ernani Aguiar
07 Psalmus CL (Salmo 150)

Luciano Mendes Lima
08 Ave-Maria

Henrique de Curitiba
09 Aleluia, Paz na Terra


Quadro 3 - Música Negra

Carlos Alberto Pinto Fonseca
10 Ponto de Oxum-Iemanjá

Sérgio Vasconcellos-Corrêa
11 Orubá-Orubá

Marlos Nobre
12 Agô Lonâ


Quadro 4 - Poema Musical

Ernst Mahle
13 A Arca de Noé, sobre poema de Vinícius de Moraes

Renée de Oliveira, soprano (faixas 3-6)
Maria Helena Nunes, contralto (faixas 3-6)
Companhia Bachiana Brasileira
Ricardo Rocha, regente


quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Harry Crowl - Obras para solista e orquestra


01 Concerto para sax soprano e orquestra de cordas (1983)
Rodrigo Capistrano, sax
Orquestra Filarmônica da UFPR
Denise Mohr, regente

02 Cinco Epígrafes para Trompa e Orquestra de Cordas (1996)
Leandro Teixeira, trompa
Orquestra de Câmera da Cidade de Curitiba
Lutero Rodrigues, regente

03 Diálogos do Vento (2000), para harmônica de boca e orquestra de câmera

Ronald Silva
, harmônica de boca
Orquestra de Câmera de Blumenau

Daniel Bortolossi
, regente

04 Concerto para oboé e orquestra de cordas (2001)

Lúcius Mota, oboé
Orquestra de Câmera da Cidade de Curitiba
Ernani Aguiar
, regente

05 Concerto no.2 para flauta e orquestra de câmera (2001-02)

Cássia Carrascoza, flauta
Orquestra Sinfônica do Paraná
Iris Leong, regente

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O Concerto para oboé foi escrito para o oboísta Lúcius Mota, de Tatuí, mas também para a Orquestra de Câmara da Cidade de Curitiba... O Concerto nº2 para flauta foi escrito e estreado pela Orquestra Filarmônica da UFPR e o flautista paranaense Fabrício Ribeiro. Nessas obras, há um elemento de perda, algo um tanto elegíaco.

Harry Crowl

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