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01 Portrait de Lili Boulanger (1972), para piano, flauta e quarteto de cordas
Solistas e Quarteto de Cordas do Festival de Música Contemporânea de Boston
02 Ex Itinere (1974), para piano, violino, viola e violoncelo
I. A viagem
II. Viae ignae
III. Lembrança
IV. Visio prima
V. Visio altera
VI. Lembrança
VII. Visio tertio
Conjunto Benda
03 Exoflora (1974), para quatro grupos instrumentais
Introdução (Cadência do piano solo)
I. Flora Brasileira
II. Catálogo das Orquídeas
III. Vitória Régia
Almeida Prado, piano
Orquestra Pró Arte de Graz
John Neschling, regente
04 Poseidon, variações concertantes para marimba, vibrafone e cordas (1984)
Prólogo: No princípio era só o mar e o começo das ilhas
Variações I: Horizonte
Variações II: Os peixes-voadores
Variações III: O cortejo dos deuses
Variações IV: As moradas submarinas
Variações V: As nereidas ou sereias
Cadência: O relato de Tristão
Epílogo: Aparição de Poseidon
Chen Zimbalista, marimba e vibrafone
Orquestra de Câmara Herzliya de Israel
Harvey Bordowitz, regente
05 Balada para violoncelo e piano (1985)
Antonio del Claro, violoncelo
Maria de Lourdes Imenes, piano
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Um comentário:
Sobre a Balada para Vcello e Piano
"Há muito tempo vinha imaginando escrever uma obra para o Del Claro.
O tempo passava e as ideias ficavam no inconsciente musical sem se materializarem.
Até que ao vê-lo, logo após o acidente que sofreu, prometi-o solenemente que a faria para que fosse a obra de estréia , ao ficar bom.
E assim foi.
A coragem deste grande artista, a sua persistência em superar todas as dificuldades, e finalmente vence-las , me comoveu profundamente.
A música então nasceu como uma homenagem ao músico maior,ao artista consciente do seu dever cristivo, ao homem amadurecido pela dor e pela esperança.
A Balado conta suas lutas e vitórias, suas incertezas e anseios pela superação dos problemas , e nesse conflito de idéias, ela se molda em ressonâncias luminosas e obscuras.
Ritmos simples e complexos, melodias transparentes e opacas.
A forma é ABCA, e entre o C e o A, duas cadências, do cello seguida a do piano, arrematam as idéias principais numa síntese expressiva.
A obra termina, numa espiral cromática do piano, onde as ressonâncias se acumulam, criando uma aura mística de inefável textura sonora, deixando a voz do cello cantar em melismas jubilosos, a alegria de poder novamente se comunicar aos homens, sua voz de artista e interprete.
Que seja brilhante e cheio de glórias, a nova trajetória do grande artista Del Claro."
Almeida Prado.
Carta do compositor Almeida Prado, com notas explicativas sobre a obra BALADA, composta após o acidente que eu sofri. O original está na pagina RETRATOS.
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